Outras doenças

Sobre o Atendimento Neurológico

O atendimento neurológico organiza a investigação de sintomas, define prioridades e orienta decisões. O objetivo é traduzir queixas em passos concretos, evitando intervenções desnecessárias e mantendo aquilo que de fato melhora o funcionamento no dia a dia.

Abordagem ampla e interdisciplinar

A consulta neurológica inclui história clínica, revisão de medicações, exame neurológico e, quando indicado, solicitação de exames complementares. Com base nisso, a equipe define o que precisa ser feito agora e o que pode esperar. A depender do caso, profissionais de reabilitação entram para trabalhar marcha, equilíbrio, coordenação, fala, deglutição ou aspectos cognitivos, sempre com metas objetivas.

Integração com reabilitação e neuromodulação

Quando há sequelas motoras, alterações de fala, fadiga, dificuldades de atenção ou organização, a reabilitação é incorporada ao plano. Em situações selecionadas, a neuromodulação não invasiva com Estimulação Magnética Transcraniana (TMS) pode ser considerada como suporte ao treino funcional. A indicação é sempre individual, definida pelo neurologista em conjunto com a equipe de reabilitação.

Doenças Comumente Tratadas

A clínica recebe pessoas com sintomas neurológicos variados. Em cada situação, o plano é adaptado ao contexto clínico e às metas do paciente, com revisões periódicas para ajustar condutas.

Infecções do Sistema Nervoso (meningite, encefalite)

Infecções do sistema nervoso, como meningites e encefalites, exigem diagnóstico e tratamento hospitalar em fase aguda. No cenário ambulatorial, a DM Plus atua no acompanhamento neurológico pós-alta, avaliando possíveis impactos em atenção, memória, marcha, equilíbrio e fadiga. 

A partir da avaliação, a equipe organiza reabilitação voltada às demandas reais do cotidiano, define marcadores de progresso e ajusta a intensidade das sessões de acordo com a resposta clínica. Quando há queixas persistentes de linguagem, deglutição ou comunicação, a fonoaudiologia participa do plano. Em alterações motoras e de equilíbrio, a fisioterapia trabalha metas funcionais e segurança na mobilidade.

Epilepsia e crises convulsivas

Crises convulsivas pedem avaliação neurológica estruturada para investigação de causas, revisão de medicações e orientação de segurança. Na DM Plus, o cuidado ambulatorial inclui organização de diário de eventos, análise de possíveis gatilhos, ajustes terapêuticos e educação sobre rotinas que aumentam a previsibilidade do dia a dia. 

Quando há consequências funcionais, como perda de confiança para caminhar sozinho, cansaço acentuado ou dificuldades de atenção, a reabilitação é integrada com metas específicas. A equipe alinha expectativas, define o que observar e estabelece pontos de reavaliação. A realização de exames diagnósticos é indicada conforme a necessidade clínica.

Distúrbios do Sono (insônia, sonolência, apneia)

Alterações de sono interferem na cognição, no humor e no desempenho físico. Em abordagem neurológica, a clínica mapeia padrões de sono, identifica fatores que pioram o quadro e orienta estratégias práticas de higiene do sono. Quando há suspeita de apneia, o neurologista direciona a investigação adequada. 

Para pessoas com fadiga, sonolência diurna e queda de atenção associadas a condições neurológicas, a equipe de reabilitação ajuda a estruturar rotina, pausas estratégicas e metas progressivas de atividade, com o objetivo de recuperar consistência ao longo das semanas.

Dores Crônicas e neuropáticas

Dores com componente neuropático pedem um olhar que vá além do ponto doloroso. A avaliação considera distribuição da dor, fatores que agravam e aliviam, impacto no sono e no movimento, e o histórico de tratamentos já testados. O plano combina orientação, ajuste de medicações quando indicado e reabilitação direcionada para melhorar tolerância ao movimento, postura, coordenação e economia de energia nas atividades diárias. 

Técnicas de educação em dor, exercícios graduais e organização do ambiente fazem parte das estratégias usadas pela equipe. Em situações selecionadas, a neuromodulação não invasiva pode ser considerada como suporte, sempre com decisão individualizada.

Acidente Vascular Cerebral (AVC)

Após o evento agudo, pessoas que tiveram AVC frequentemente convivem com sequelas que afetam braço, perna, equilíbrio, fala e atenção. No seguimento ambulatorial, a DM Plus organiza um plano de reabilitação centrado em metas funcionais: segurança para caminhar, controle de tronco, transferências, coordenação de mão, comunicação e deglutição quando necessário. 

O neurologista acompanha ajustes clínicos e medicações, enquanto a equipe de reabilitação mede avanços com marcadores objetivos. A educação da família é parte do cuidado, pois adaptações simples em casa e no trabalho aceleram a recuperação e previnem quedas.

Importância do acompanhamento neurológico

Acompanhamento neurológico não é apenas “voltar ao consultório”. É o momento de revisar metas, analisar o que funcionou, retirar o que não ajudou e adicionar novas estratégias quando fizer sentido. Essa dinâmica mantém o plano vivo e aderente à realidade de cada pessoa.

Prevenção e manejo das sequelas

Algumas condições pedem medidas preventivas, como ajuste de pressão arterial, glicemia e colesterol, que protegem o cérebro ao longo do tempo. Outras exigem atenção às sequelas: marcha insegura, dificuldade de fala, fadiga, piora da atenção, dor e alterações de deglutição. 

Nesses cenários, a reabilitação direcionada encurta a distância entre orientação e resultado. O trabalho em equipe integra metas motoras, cognitivas e de comunicação com o que a pessoa precisa fazer todos os dias.

Integração entre neurologia e reabilitação

Quando o neurologista e a reabilitação conversam, decisões ficam mais rápidas e os ganhos, mais previsíveis. A integração permite ajustar intensidade de treino, ordem de exercícios e necessidade de pausas, com objetivos que façam sentido para a fase clínica. 

Se a neuromodulação não invasiva estiver indicada, as sessões são planejadas para ficarem próximas do treino funcional, aproveitando a janela de maior responsividade do sistema nervoso.