O declínio cognitivo é a redução gradativa das habilidades de cognição, ou seja, da capacidade de processar estímulos sensoriais e informações.

Esse processo pode afetar a comunicação, a aprendizagem, a memória, a atenção, a concentração, o raciocínio e a percepção de um indivíduo, impactando no seu estilo de vida e em suas atividades.

O declínio ocorre devido à perda gradativa dos nossos neurônios, o que é algo natural ao longo do envelhecimento.

Quando essa perda acontece de forma mais intensa, porém, pode ser patológica; ou seja, decorrente de alguma doença. Nesses casos, uma avaliação minuciosa das funções cerebrais é necessária para definir a causa.

Os tipos de demência mais comuns

As demências são transtornos neurocognitivos, existentes em diversas modalidades. Elas impactam na personalidade e nas atividades de uma pessoa, podendo se iniciar de uma forma mais sutil – a partir de pequenos comportamentos – e demorando para serem notadas. Algumas das principais demências incluem:

  • o Alzheimer, cujos sintomas iniciais envolvem o esquecimento de palavras, a desatenção, os problemas de memória e problemas no raciocínio;
  • a Demência Vascular, que pode ser consequência de um AVC (Acidente Vascular Cerebral);
  • a Demência Frontotemporal, em que há alteração comportamental como principal sintoma cognitivo.

Algumas demências podem ser consequência – ou serem favorecidas – por problemas como o avanço da Doença de Parkinson, o consumo de cigarro e drogas, o uso de certos medicamentos ou a ocorrência de traumatismo craniano. Elas também podem estar relacionadas ao estilo de vida, à qualidade dos nossos hábitos e ao sedentarismo.

O diagnóstico e o tratamento das demências

O diagnóstico precisa ser cuidadoso e detalhista, identificando os sintomas mais sutis e descartando hipóteses de outras doenças.

O médico realiza uma entrevista com o paciente, conhecendo seu estilo de vida e seu histórico, e realiza testes físicos e neurológicos no consultório. Ele também pode conversar com a família ou o acompanhante e solicitar exames de sangue e de imagem.

Quanto mais cedo se iniciar o tratamento, mais positivos serão seus resultados. Assim, é importante que as pessoas se conscientizem sobre quando buscar ajuda e, ao mesmo tempo, que os profissionais estejam bem preparados.

O tratamento deve considerar qual é a demência específica e o seu nível de comprometimento. Ele geralmente inclui medicamentos, a prática de hábitos saudáveis e o estímulo de habilidades e regiões do cérebro não afetadas.