Neuromodulação transcraniana: Como funciona e suas vantagens
A Estimulação Magnética Transcraniana (EMT) é um método não invasivo de estimulação cerebral que se baseia na indução eletromagnética usando uma bobina colocada sobre o couro cabeludo, equilibrando uma região específica do cérebro determinada previamente pelo médico.
Essa bobina gera breves pulsos magnéticos, que passam facilmente e de forma indolor através do crânio até o cérebro. Esses pulsos estimulam as células nervosas, melhorando os sintomas de distúrbios neurológicos ou de saúde mental.
A EMT foi aprovada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) em 2012 e pela Food and Drug Administration (FDA) em 2008 e agora está disponível em clínicas e hospitais do país.
Existem evidências de que a estimulação magnética transcraniana pode ser útil como terapia complementar para tratar condições como doença de Parkinson, Alzheimer, distonias, dores de cabeça e declínio cognitivo.
Se você está interessado nos benefícios e possíveis efeitos colaterais da EMT, continue a leitura do texto.
Como é feita a EMT?
Antes do procedimento, é necessário remover os óculos com armação de metal e todas as joias metálicas.
Quando você estiver sentado, um profissional da saúde fornecerá protetores auriculares. Durante o tratamento, você ouvirá cliques à medida que o ímã liga e desliga. Essa variação é normal, podendo haver pausas entre uma série de pulsos.
O ímã será colocado em sua cabeça, e o aparelho gerará pulsos magnéticos direcionados a áreas específicas do córtex cerebral. Isso equilibra os neurotransmissores, melhorando sinapses e reduzindo sintomas como tremores, rigidez muscular, espasmos e até problemas de memória.
A frequência dos pulsos magnéticos, seja excitatória ou inibitória, é ajustada pelo médico neurologista conforme as necessidades de cada pessoa. O processo é indolor, e o paciente é liberado imediatamente, sem necessidade de repouso ou interrupção de suas atividades diárias.
Cada sessão de estimulação magnética transcraniana tem duração de 20 a 60 minutos. Inicialmente, os pacientes passam por sessões diárias, progredindo para sessões semanais ou mensais de manutenção, conforme orientação médica.
Indicações
- Doença de Parkinson.
- Doença de Alzheimer.
- Tremor essencial.
- Dor crônica.
- Fibromialgia.
- Enxaquecas.
- Complicações do AVC.
- Lesão cerebral traumática.
Quais são os benefícios da EMT?
A estimulação magnética transcraniana apresenta diversas vantagens, tais como:
Não é invasivo: permite que você retome sua rotina diária imediatamente após a sessão, sem a necessidade de anestesia.
Seguro: o risco de convulsões, o efeito colateral mais grave, é extremamente raro, com uma incidência inferior a 0,01% por sessão. Outros efeitos são geralmente leves e de curta duração, como dor no local da aplicação da EMT.
Eficaz: as taxas de sucesso da EMT variam conforme a condição, mas pesquisas indicam sua eficácia.
Compatibilidade com outros tratamentos: a estimulação magnética transcraniana pode ser combinada com outras abordagens terapêuticas, como medicamentos e terapia ocupacional, para uma abordagem mais abrangente.
EMT para a doença de Parkinson
A doença de Parkinson é um distúrbio neurológico que causa disfunção motora, incluindo tremores, rigidez muscular, problemas de equilíbrio e congelamento da marcha.
Um estudo de 2020 descobriu que a estimulação magnética transcraniana pode melhorar o congelamento da marcha. De acordo com os pesquisadores, a EMT normalizou as conexões entre partes específicas do cérebro envolvidas no congelamento da marcha.
EMT para a doença de Alzheimer
A estimulação magnética transcraniana pode ter benefícios para a doença de Alzheimer, uma forma de demência. Esse distúrbio causa perda progressiva de memória e declínio cognitivo.
De acordo com pesquisas recentes, acredita-se que a EMT possa ajudar no Alzheimer ao alterar as conexões neurais envolvidas na memória e aprendizado. No entanto, mais pesquisas são necessárias para entender como a EMT pode gerenciar os sintomas do Alzheimer.
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