Estimulação Cerebral Profunda melhora a qualidade de vida de pacientes com Parkinson

Tremores involuntários, rigidez muscular e lentidão nos movimentos fazem parte do dia a dia de pacientes com Parkinson. A condição atinge aproximadamente 4 milhões de pessoas no mundo, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Só no Brasil, há cerca de 200 mil pessoas que sofrem com a enfermidade.

O Parkinson não tem uma cura, mas a medicina já tem uma solução eficaz para controlar os sintomas motores da doença: a cirurgia de Estimulação Cerebral Profunda, do inglês Deep Brain Stimulation (DBS).

Esse procedimento consiste na implantação de pequenos eletrodos que atuam liberando impulsos elétricos em áreas específicas do cérebro, mapeadas pelo médico neurologista para que o impacto substitua padrões anormais de disparo das células que são alterados pelo Parkinson. 

Os eletrodos são conectados a um gerador de impulsos elétricos, posicionado na parte superior do peito, por meio de um fio localizado embaixo da pele. Essa estimulação é regulada por um controle remoto. A cirurgia DBS costuma aliviar os principais sintomas da doença de Parkinson, como flutuações motoras, discinesia (movimentos musculares involuntários e descontrolados), tremores, rigidez e bradicinesia (lentidão no movimento).

O acompanhamento pós-cirúrgico do DBS envolve, conforme o caso, o ajuste dos parâmetros da corrente elétrica pelo especialista por meio de controle remoto. 

Estimulação Cerebral Profunda

Quem pode fazer a estimulação cerebral profunda?

O procedimento não é indicado para todos os pacientes que recebem o diagnóstico da doença de Parkinson. Muitos portadores da enfermidade convivem bem com os medicamentos por toda a vida. 

Normalmente, a cirurgia DBS é recomendada quando: 

  • As medicações têm efeito transitório;
  • Os efeitos colaterais dos remédios trazem danos à rotina da pessoa.

Assim, geralmente, esse método de tratamento é realizado numa fase intermediária da doença: nem logo após o diagnóstico nem no quadro avançado. E, a princípio, isso independe da idade. O neurologista costuma operar com relativa tranquilidade pacientes até os 70 anos. A partir dessa idade, o cuidado deve ser redobrado. 

Benefícios

A terapia de Estimulação Cerebral Profunda libera os movimentos e restaura o padrão de motricidade normal em um doente que tipicamente tem sua cognição preservada, é socialmente ativo, tem a memória e concentração, mas não consegue se locomover.

Com esse método de tratamento, alguns sintomas motores e não motores da doença de Parkinson são controlados. Entre eles:

  • O tremor responde muito bem à estimulação cerebral, mas quem não tem tremor acaba se beneficiando também;
  • A rigidez muscular e a lentidão dos movimentos reduzem como faz a levodopa e ainda com o uso de doses menores da medicação;
  • Cessam os movimentos involuntários causados pelas dosagens altas dos medicamentos;
  • O efeito dos remédios é potencializado. Assim, os pacientes que fazem a cirurgia de estimulação cerebral profunda têm uma redução, em média, de 50% dos fármacos. Com isso, conseguem diminuir os efeitos colaterais que surgem após o uso prolongado da levodopa, principal medicação no tratamento do Parkinson;
  • Em menor grau, a fala, a marcha e o equilíbrio também são beneficiados. Consequentemente, o indivíduo fica mais ativo, consegue praticar atividade física e realizar terapias de reabilitação, o que aumenta de modo significativo o bem-estar do paciente;
  • O procedimento cirúrgico pode ser realizado em um ou ambos os lados do cérebro, dependendo dos sintomas;
  • Os efeitos são reversíveis e podem ser personalizados para o quadro clínico de cada paciente.

Conclusão

Em suma, a Estimulação Cerebral Profunda tem se mostrado uma abordagem terapêutica promissora e revolucionária no tratamento da doença de Parkinson. Com a capacidade de reduzir os sintomas motores e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Essa técnica oferece esperança e oportunidade para aqueles que enfrentam os desafios dessa doença neurológica. 

Se você ou alguém que conhece está enfrentando os desafios do Parkinson, não hesite em buscar ajuda na Clínica DM Plus. Nossos especialistas estão prontos para fornecer avaliações e orientações personalizadas sobre a cirurgia DBS. Agende sua consulta e descubra como essa técnica inovadora pode proporcionar mais autonomia no seu dia a dia.

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