Dor de cabeça é mais do que um incômodo ocasional. Quando começa a atrapalhar trabalho, estudos, sono e convivência, merece investigação cuidadosa. Na DM Plus, o ponto de partida é a avaliação neurológica para entender padrão, gatilhos e impacto na rotina. 

A partir daí, o plano é organizado de forma clara: o que observar, o que mudar no dia a dia, quais terapias considerar e como acompanhar resultados de forma objetiva ao longo das semanas.

Tipos de dor de cabeça

Cefaleia não é tudo igual. Existe um grupo de dores chamadas primárias (como tensional, enxaqueca e cefaleia crônica diária) e outro de secundárias, quando a dor é consequência de outra condição (sinusite, infecção, efeitos de medicamentos, alterações vasculares, entre outras). Distinguir uma da outra é fundamental para escolher o caminho certo.

Tensional

A cefaleia tensional costuma gerar dor em “pressão” ou “faixa”, muitas vezes bilateral e de intensidade leve a moderada. Ela pode acompanhar dias longos de trabalho, postura mantida, períodos de estresse e noites mal dormidas. Nem sempre vem com náuseas ou sensibilidade a luz e som, o que ajuda a diferenciar de enxaqueca. 

Ajustes de rotina, ergonomia, higiene do sono e orientação sobre pausas programadas fazem grande diferença. Em fases mais frequentes, o neurologista avalia a necessidade de tratamento preventivo.

Enxaqueca

A enxaqueca é uma cefaleia pulsátil, geralmente moderada a forte, que pode vir com náuseas, sensibilidade à luz e ao som, piora com esforço e, em alguns casos, aura (fenômenos visuais ou sensoriais transitórios). Ela tende a ter gatilhos: mudanças bruscas de sono, jejum prolongado, certos alimentos e odores, estresse seguido de alívio, entre outros. 

O manejo combina educação sobre gatilhos, plano de crise (o que tomar e quando tomar) e, quando necessário, tratamento preventivo com acompanhamento próximo para medir a resposta.

Cefaleia crônica

Fala-se em crônica quando a dor de cabeça aparece em 15 ou mais dias por mês, por pelo menos três meses, com características de enxaqueca ou tensional. Nesses quadros, além de investigar causas secundárias, o foco é reduzir o “peso” mensal da dor. 

Rotina organizada, ajustes de sono e atividade física orientada costumam ser a base do plano. Em paralelo, avalia-se terapia preventiva e revisa-se o uso de analgésicos para evitar cefaleia por uso excessivo de medicação.

Causas e gatilhos

Dor de cabeça é multifatorial. Em muitas pessoas, é o encaixe de vários detalhes do dia a dia que abre espaço para as crises. Entender esse conjunto é mais eficaz do que buscar um único culpado.

Estresse, sono e alimentação

Estresse contínuo sem pausas, sono irregular, telas até tarde, poucas horas de descanso e jejum prolongado aparecem com frequência na história de quem tem dor de cabeça recorrente. Pequenos ajustes, como horários mais firmes para dormir e acordar, rotina alimentar com intervalos regulares, hidratação consistente e pausas breves ao longo do dia, já reduzem frequência e intensidade em boa parte dos casos. Vale acompanhar um diário simples por duas a quatro semanas para mapear padrões.

Alterações hormonais e fatores genéticos

Variações hormonais, como as que ocorrem próximo ao período menstrual, podem intensificar crises de enxaqueca. Histórico familiar também pesa: ter parentes de primeiro grau com enxaqueca aumenta a chance de desenvolver o quadro. Isso não significa que a situação esteja “definida”, e sim que o plano precisa ser realista, antecipando picos de risco e organizando estratégias específicas para esses períodos.

Tratamento

O tratamento combina educação, ajustes de rotina, plano de crise e, quando necessário, terapias preventivas. A DM Plus organiza o cuidado com foco em funcionalidade: menos tempo com dor, mais previsibilidade para o dia a dia e um caminho claro para medir o que está funcionando.

Terapias medicamentosas

Há duas frentes principais: aborto de crise (o que usar quando a dor começa) e prevenção (reduzir frequência e intensidade de episódios). O neurologista define escolhas e doses com base no padrão de cada pessoa, no histórico de saúde e nas interações com outros medicamentos. 

A orientação inclui quando tomar, quando não insistir e quando buscar reavaliação. Parte importante do sucesso está em evitar o uso excessivo de analgésicos comuns, que pode manter um ciclo de dor quase diária.

Toxina Botulínica Terapêutica

A toxina botulínica é conhecida no manejo de distonias e também tem indicações específicas em cefaleia crônica em cenários definidos por diretrizes. Como clínica com foco central em distúrbios do movimento, a DM Plus utiliza toxina botulínica em condições neurológicas selecionadas. 

Em casos de dor de cabeça crônica, a indicação é sempre individual e depende de avaliação neurológica criteriosa. Quando for a melhor opção para o quadro, o neurologista orientará o caminho adequado, inclusive com encaminhamento quando necessário.

Neuromodulação com TMS

A Estimulação Magnética Transcraniana (TMS) é uma técnica não invasiva utilizada na DM Plus principalmente no contexto de distúrbios do movimento e reabilitação neurológica. Para dor de cabeça crônica, a indicação de neuromodulação é avaliada caso a caso, considerando evidências disponíveis, segurança e objetivos. 

Quando apropriado, a equipe organiza a sequência entre sessão e estratégias de reabilitação/rotina, e quando não for o caminho indicado, a clínica orienta a alternativa mais adequada.

Mudanças de estilo de vida

Rotina previsível de sono, alimentação em horários regulares, hidratação, atividade física progressiva e manejo do estresse são pilares que potencializam qualquer plano. Ergonomia no trabalho, pausas visuais para quem passa muitas horas em tela, cuidado com consumo de cafeína e álcool e atenção aos finais de semana (quando horários “viram”) fazem diferença prática. A ideia não é restringir a vida, mas organizar o que é possível manter com constância.