Constipação no Parkinson: causas, sintomas e soluções

A constipação no Parkinson é um sintoma muito frequente e pode aparecer até antes dos sinais motores clássicos, como tremores ou rigidez muscular. Trata-se de uma alteração intestinal que compromete o bem-estar, causa desconforto abdominal e afeta a qualidade de vida.

Compreender por que o intestino funciona de forma mais lenta no Parkinson e adotar medidas de reeducação alimentar e terapêutica é essencial para aliviar os sintomas e melhorar o conforto digestivo. 

A seguir, saiba o que causa a constipação, como identificar os sinais e quais estratégias podem ajudar no controle desse problema!

Por que o Parkinson causa constipação?

A constipação no Parkinson ocorre principalmente por causa da lentificação do funcionamento do sistema nervoso autônomo, que controla os movimentos involuntários do corpo, incluindo o trânsito intestinal. 

A diminuição da dopamina — neurotransmissor que regula os movimentos — também afeta o intestino, tornando a digestão mais lenta.

Além disso, o próprio avanço da doença, o uso de alguns medicamentos antiparkinsonianos e a menor ingestão de líquidos contribuem para o quadro de digestão lenta. 

Com o passar do tempo, o acúmulo de fezes pode provocar dor abdominal, sensação de inchaço e até interferir na absorção de medicamentos.

Outro fator importante é a redução da atividade física. Muitos pacientes diminuem o ritmo de movimentação devido à rigidez e ao cansaço, o que afeta diretamente o funcionamento intestinal. 

Por isso, o tratamento da constipação no Parkinson exige uma abordagem multidisciplinar, unindo neurologia, nutrição e fisioterapia.

Quais os sintomas de constipação no Parkinson?

Os sintomas mais comuns incluem a diminuição da frequência evacuatória, geralmente menos de três vezes por semana, e o esforço excessivo durante a evacuação. 

O paciente também pode relatar fezes ressecadas, sensação de evacuação incompleta, cólicas e inchaço abdominal.

Em casos mais graves, a constipação pode gerar complicações, como fissuras anais, hemorroidas e até obstrução intestinal. 

Quando não é tratada, essa lentidão intestinal pode prejudicar o controle motor, já que o acúmulo de toxinas interfere na absorção de medicamentos e aumenta o desconforto geral.

Como tratar a constipação no Parkinson?

Embedar: https://youtu.be/VPZmDYmSLts 

O manejo da constipação deve começar pela avaliação médica e nutricional, para identificar possíveis causas e definir o tratamento adequado. 

Em muitos casos, pequenas mudanças de rotina já trazem alívio significativo. Por exemplo:

  • Alimentação adequada: uma dieta para Parkinson equilibrada é o primeiro passo. Ela deve incluir alimentos ricos em fibras, como frutas com casca, vegetais, aveia, linhaça e grãos integrais. É importante entender que a alimentação e os horários das refeições também podem influenciar na absorção dos medicamentos e no agravamento de sintomas. Converse com seu neurologista para recomendações específicas para sua realidade!
  • Boa hidratação: a ingestão adequada de água também é essencial para amolecer as fezes e facilitar o trânsito intestinal.
  • Atividades físicas: a atividade física orientada tem papel fundamental. Exercícios leves e adaptados, como caminhadas, alongamentos e fisioterapia neurológica, estimulam os movimentos intestinais e melhoram o bem-estar geral.
  • Ajustes no tratamento: em situações específicas, o neurologista pode ajustar a medicação ou associar terapias complementares, como neuromodulação com estimulação transcraniana por corrente contínua (tDCS), que auxilia na regulação de funções autônomas, incluindo a digestão. 

Na Clínica DM Plus, sensores de análise de marcha e técnicas de realidade virtual também são utilizados para aprimorar o equilíbrio, o controle motor e o funcionamento global do organismo.

Como prevenir a constipação no Parkinson?

A prevenção está diretamente ligada aos hábitos diários. Manter uma alimentação rica em fibras, beber no mínimo dois litros de água por dia e manter uma rotina de horários regulares para evacuar são medidas eficazes.

A fonoaudiologia especializada pode auxiliar pacientes com dificuldade de deglutição, garantindo ingestão adequada de líquidos e alimentos. 

Já o acompanhamento com um nutricionista especialista em Parkinson, disponível na Clínica DM Plus, ajuda na elaboração de cardápios personalizados, equilibrando fibras e nutrientes de acordo com as necessidades individuais.

Por fim, a prática regular de atividades físicas supervisionadas e o acompanhamento com fisioterapeutas e neurologistas especializados são fundamentais para manter o intestino ativo e a saúde neurológica estável.

Dúvidas frequentes sobre a constipação no Parkinson

1. Quais alimentos ajudam o intestino?

Alimentos ricos em fibras, como mamão, ameixa, aveia, linhaça, verduras e legumes, ajudam a estimular os movimentos intestinais. Beber bastante água potencializa o efeito das fibras, evitando o ressecamento das fezes.

2. Quais alimentos devem ser evitados?

É importante reduzir o consumo de alimentos ultraprocessados, carnes gordurosas, queijos amarelos e farinhas refinadas, pois eles dificultam a digestão e favorecem o intestino preso. O consumo excessivo de cafeína e bebidas alcoólicas também deve ser controlado.

3. Quando procurar o nutricionista?

O acompanhamento nutricional é indicado assim que surgirem sinais de constipação. O nutricionista avalia a dieta, ajusta o consumo de fibras e líquidos e orienta combinações alimentares que melhoram o funcionamento intestinal, sem interferir no tratamento neurológico.

Como podemos ajudar?

Na Clínica DM Plus, localizada na Rua Cristiano Viana, 328, conjunto 201, em Pinheiros (SP), o cuidado com pacientes com doença de Parkinson é conduzido de forma multidisciplinar, sob a coordenação do Dr. Rubens Cury. 

A clínica oferece fisioterapia neurológica, fonoaudiologia, neuropsicologia, nutrição e neuromodulação com tecnologia avançada, incluindo realidade virtual e sensores de marcha e equilíbrio.

Se você sofre com a constipação no Parkinson, agende uma consulta entrando em contato pelo WhatsApp! Cuide da sua saúde com quem entende de reabilitação neurológica!

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